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NOTÍCIAS DOS TRIBUNAIS

MINISTRO ZANIN VOTA PELA VALIDADE DO JUIZ DAS GARANTIAS Fonte: STF
Em seu primeiro voto em Plenrio, Zanin afirmou que a regra aumenta a probabilidade de julgamentos imparciais e independentes.

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu continuidade ao julgamento das Aes Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 6298, 6299, 6300 e 6305) sobre a validade das alteraes no Cdigo de Processo Penal (CPP) que instituram o juiz das garantias. Em seu primeiro voto no Plenrio, o ministro Cristiano Zanin afirmou que a norma constitucional e deve ser de aplicao obrigatria em todo o pas.

Sistema mais justo
Zanin considera que a inovao no CPP importante para toda a sociedade, porque garantir maior probabilidade de julgamentos imparciais e independentes, permitindo que o sistema penal seja potencialmente mais justo. A imparcialidade do juiz o princpio supremo do processo penal e imprescindvel para a aplicao do garantismo, afirmou.

Injustias e preconceitos
Para o ministro, a implementao do juiz das garantias tambm poder auxiliar no combate s injustias e aos preconceitos sociais e raciais no sistema de Justia. Ele observou que o Brasil, com cerca de 650 mil pessoas presas, tem a terceira maior populao carcerria do mundo, composta majoritariamente de jovens, negros e pessoas com baixo ndice de escolaridade e poder aquisitivo.

Citou, como exemplo, a aplicao da Lei de Drogas, em que pessoas brancas so contempladas com a desclassificao da conduta de trfico para uso pessoal em proporo muito maior. Segundo ele, isso ocorre porque preconceitos sociais e raciais acabam contaminando o juiz que toma primeiro conhecimento do caso, em razo da manifestao da polcia ou do Ministrio Pblico. Essas deturpaes, na minha viso, esto relacionadas a um indevido juzo de certeza que, muitas vezes, feito na etapa inicial da investigao, afirmou.

Atuao probatria
Zanin argumenta que o juiz das garantias no deve ter atuao probatria, ainda que subsidiria, na fase de investigao. Segundo ele, isso evita que o juiz conduza a investigao ou a instruo de uma audincia.

O ministro argumentou que, como a lei faz exceo apenas aos crimes de menor potencial ofensivo, o juiz das garantias deve atuar nos casos de competncia do Tribunal do Jri, nos casos de violncia domstica, nas aes na Justia Militar e nos processos criminais no mbito da Justia Eleitoral. Nessa ltima hiptese, ele afirmou que, como o STF determinou que os casos criminais conexos a temas eleitorais sejam julgados pela Justia Eleitoral, haveria uma discrepncia processual em relao a crimes semelhantes.

Tambm j votaram na matria o ministro Luiz Fux, relator, e Dias Toffoli. O julgamento prosseguir na prxima quarta-feira (16).

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